quarta-feira, 5 de novembro de 2008
AS DEZ DIFICULDADES MAIS FREQÜENTES NA LÍNGUA PORTUGUESA

Muitas vezes, as pessoas têm dúvida a respeito do uso de alguns termos. Assim, descrevendo o emprego correto de alguns casos, procuraremos “clarear” algumas dúvidas.

1) A FIM ou AFIM
Ex.: O gosto dela era afim ao da turma.

- Escrevemos a fim (de), quando queremos indicar finalidade.
Ex.: Veio a fim de conhecer os parentes.
Pensemos bastante, a fim de que respondamos certo.
Ela não está a fim do rapaz.

2) APAR ou AO PAR?
- A expressão ao par significa sem ágio no câmbio, pelo valor nominal. Portanto, se quisermos utilizar esse tipo de expressão, significado ciente, deveremos escrever a par.

Ex.: As ações foram cotadas ao par.
Fiquei a par do ocorrido.
Maria não esta a par do assunto.

3) A CERCA DE, ACERCA DE ou HÁ CERCA DE?
- A cerca de significa a uma distância.
Ex.: Osório fica a cerca de uma hora de automóvel da capital.

- Acerca de significa sobre.
Ex.: Conversaram acerca de política.

- Há cerca de significa que faz ou existe(m) aproximadamente.
Ex.: Moro neste apartamento há cerca de oito anos.
Há cerca de doze mil vestibulandos concorrendo às vagas na Universidade.

4) AO ENCONTRO DE ou DE ENCONTRA A?
- Ao encontro de quer dizer favorável a, para junto de.
Ex.: Isso vem ao encontro do desejo da turma.
Vamos ao encontro dos colegas.

- De encontro a quer dizer contra.
Ex.: Um carro foi de encontro a outro.
Esta medida desagradou aos funcionários, porque veio de encontro as suas aspirações

5) PARA EU ou PARA MIM?
- Usa-se para eu (para tu), quando o eu (tu) é sujeito (geralmente seguido de um infinitivo).
Ex.: Empresta-me este livro para eu ler.
Este trabalho é para tu realizares.

- Usa-se para mim (para ti), quando, após essa expressão, não existir verbo (ou, em estando ali o verbo, o pronome não foi o seu sujeito.
Ex.: Empresta este livro para mim.
Este trabalho é para ti.

Lembre-se:
MIM nunca faz nada, portanto MIM não pode ser sujeito.

Observação:
Isso não significa que sempre o infinitivo é precedido pelo pronome eu (ou tu). Quando ele for impessoal, não terá sujeito. Logo, poderá haver antes dele o pronome mim (ou ti).

Ex.: É difícil para mim entender essa gente.
É impossível para ti sair à noite.

Enquanto, nos exemplos anteriores, o pronome reto (eu e tu) serve de sujeito ao infinitivo (ler e realizares), aqui, nestes casos, os infinitivos (entender e sair), sendo impessoais, não possuem sujeitos; e as expressões para mim e para ti são complementos nominais dos adjetivos difícil e impossível. Trocando-se a ordem, observamos que a frase continua aceitável. (Para mim é difícil entender essa gente. Para ti é impossível sair à noite). Como se vê, as expressões para mim e para ti independem dos verbos entender e sair.
O mesmo, porém, não pode ser dito com relação aos exemplos anteriores, pois as expressões para eu e para tu não podem ser antepostas à frase sob pena de as mesmas ficarem agramaticais.

7) ENTRE EU E TU ou ENTRE MIM E TI?
O correto é dizer-se: entre mim e ti, não há problemas.
Lembre-se que as outras preposições essenciais também só aceitam as formas mim e ti. Ex.: de mim, de ti, para mim, para ti, a mim, a ti, por mim, por ti, em mim, em ti, etc.

Observações.

1. Com a preposição até (significando perto de), usam-se as formas oblíquas mim, ti.
Ex.: Os grito chegaram até mim.

Quando porém, a palavra até for uma partícula de inclusão (significando inclusive), usar-se-ão as formas retas, eu, tu.
Ex.: Todos foram criticados; até tu.

2 . Com as preposições acidentais afora, exceto, salvo, segundo, tirante, etc., empregam-se as formas retas eu, ti.
Ex.: Afinal, todos, exceto eu, compareceram à reunião.
Afora tu, todos aqui são gaúchos.

8) POR ISSO, DE REPENTE e A PARTIR DE:
São expressões que, por serem compostas por vocábulos independente, são grafadas separadamente. Por isso (e não porisso), de repente (e não derrepente), por isto (e não poristo), a partir de (e não apartir de).

9) ENFIM ou EM FIM?
As expressões enfim (= finalmente) e em fim (= no final) não devem ser confundidas: enfim escreve-se junto, com N e em fim constituí-se de dois termos, a preposição em + o substantivo fim.
Ex.: Enfim sós, graças a Deus!
Estes professores estão em fim de carreira: sua aposentadoria está prevista para breve.
10) HAVER OU TER?
Embora seja o verbo ter largamente usado na fala diária, a gramática não aceita a substituição do verbo haver por aquele verbo. Deve-se dizer, portanto, não havia mais pão na padaria (é gramaticalmente incorreto dizer-se: não tinha mais pão, etc.).
domingo, 2 de novembro de 2008

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