sábado, 13 de junho de 2009

DIFICULDADES MAIS FREQUENTES NA LÍNGUA PORTUGUESA III

21) MAIS BEM ou MELHOR? MAIS MAL ou PIOR?
Usa-se mais bem (ou mais mal) quando essa expressão vem antes de um particípio.
Ex.: O aluno mais bem preparado também fica nervoso.
As casas mais mal construídas estão naquela rua.

Usa-se melhor (ou pior) junto a verbos (e depois do particípio).
Ex.: Ninguém conhece melhor a saúde do doente do que o próprio mé-dico.
Ela sente-se pior.
Calculando melhor o orçamento, pôde-se ver qual o gasto.

22) ENTERTE(M) ou ENTRETÉM(ÊM)?
Embora o povo use muito a primeira forma, somente a segunda é cor-reta, uma vez que o verbo é entreter, conjugando-se com o verbo ter.
Ex.: A criança se entretém jogando dominó.
Os meninos se entretêm assistindo ao jogo do Flamengo.

23) HAJA VISTA ou HAJA VISTO?
A expressão haja vista, que significa veja-se a propósito, tem, como segundo elemento, a palavra vista (neste caso, sempre invariável). É, pois, in-correto o emprego de haja visto. O verbo haja, porém, pode pluralizar: hajam vista.
Ex.: O trânsito nas estradas tem estado caótico: haja vista o trágico a-cidente de ontem. Hajam vista os trágicos acidentes ...)

24) EM VEZ DE ou INVÉS DE?
A expressão em vez de significa em lugar de.
Ex.: Em vez de Paulo, foi Pedro quem trabalhou hoje.

A expressão ao invés de significa ao contrário de.
Ex.: Ao invés de proteger, resolveu não assumir.
Ao invés de curar, o remédio piorou a situação.

25) TODO O ou TODO?
A expressão todo o significa inteiro.
Ex.: Todo o Brasil deu as mãos.
Toda a Europa sofreu com a guerra.

A expressão todo significa qualquer.
Ex.: Todo mundo entrou na dança.
Toda primavera é florida.


26) NAMORAR ou NAMORAR COM?
Sendo um verbo transitivo direto, a expressão namorar não aceita a preposição com.
Ex.: Maria começou a namorar João no mês passado.

27) COM NÓS ou CONOSCO?
COM VÓS ou CONVOSCO?
Usam-se as duas formas, dependendo do caso.
Exs.: Ela irá conosco.
Ela irá convosco.
Falarão conosco.
Falarão convosco.

Mas, por uma questão de eufonia, diz-se:
É com nós mesmos que querem falar.
É com vós todos que querem falar.
É com nós próprios que querem falar.
É com vós outros que querem falar.

28) A PRINCÍPIO ou EM PRINCIPIO?
A expressão a princípio significa no começo, inicialmente.
Ex.: A princípio, eles foram muitos felizes.

A expressão em princípio significa em tese.
Ex.: Em princípio, o preço solicitado pare-nos justo.

29) VI E GOSTEI DA PEÇA ou VI A PEÇA E GOSTEI DELA?
Somente a segundo construção está correta, uma vez que os dois ver-bos da frase têm predicação diferente (o primeiro é transitivo direto e o segun-do transitivo indireto).
Quem vê, vê alguma coisa.
Quem gosta, gosta de alguma coisa.

30) EU ME PROPONHO FAZER ISTO ou
EU ME PROPONHO A FAZER ISTO?
A primeira opção é a correta, porque a regência do verbo propor é a seguinte: alguém propõe alguma coisa a alguém. A coisa proposta é a oração “fazer isto”, e o pronome me é o objeto indireto (=a mim).
sábado, 6 de dezembro de 2008
DIFICULDADES MAIS FREQÜENTES NA LÍNGUA PORTUGUESA II

11) ESTÁ NO HORÁRIO DE O TREM CHEGAR ou ESTÁ NO HORÁRIO DO TREM CHEGAR?

A primeira alternativa é a correta, porque o trem é o sujeito e não do trem. A maneira de o aluno gravar isso é a seguinte: alterar a ordem das palavras – está no horário de chegar o trem (e não – está no horário do chegar trem – construção agramatical na língua portuguesa)
O mesmo serve para estes exemplos:
Surgiu a ocasião de ela mostrar a bondade. (de mostrar ela)
Pelo fato de o chefe ter ido lá, eu não me assusto. (de ter ido o chefe)

12) TRABALHAM e TRABALHARÃO:

A dúvida ocorre porque, em ambas as palavras, há uma ditongo nasal (am e ão).
Usa-se ão, quando essa sílaba é tônica (e isso só acontece no futuro do presente e em pouquíssimos verbos no presente do indicativo: dão, estão, vão, hão, são).
Ex.: Se houver oportunidade, eles trabalharão na fábrica.
Eles não estão satisfeitos com as medidas governamentais.

Usa-se am, quando a sílaba á átona (isso ocorre na 3ª p. pl.: com a primeira conjugação, no presente do indicativo; com a segunda e terceira conjugações, no presente do subjuntivo; e com as três conjugações nos pretéritos perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito e no futuro do pretérito do indicativo).
Ex.: eles trabalham
que eles vendam
que eles partam
eles trabalharam, venderam, partiram
eles trabalhavam, vendiam, partiam
eles trabalhariam, venderiam, partiriam

13) RECORDASTE E RECORDAS-TE

A primeira expressão está no pretérito perfeito do indicativo e não vem acompanhada do pronome átono.
Ex.: Tu recordaste, com muito carinho, as homenagens recebidas.
Aqui a sílaba tônica é das.

A segunda expressão está no presente do indicativo, acompanhada por um pronome átono (te).
Ex.: Recordas-te daquelas férias maravilhosas que passamos no Rio? (Tu te recordas).
Aqui a sílaba tônica é cor.

14) RECORDAMOS E RECORDAR-NOS

No primeiro caso, a palavra não tem hífen, porque morfema MOS indica pessoa-número e faz parte integrante da mesma. No segundo caso, a palavra tem hífen, porque a partícula NOS é um pronome pessoal e não faz arte integrante da mesma.
Lembre-se:
Com M, não se separa; com N, separa-se.

15) DEIXASSE e DEIXA-SE

Empregamos deixasse, quando queremos expressar o verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo (tempo cuja marca é esta: SSE). Aqui a sílaba tônica é xá(s).
Ex.: Se ele nos deixasse em paz, seria bom.

Empregamos deixa-se, quando o se é um pronome (separado com hífen), seguindo um presente do indicativo. Aqui a silaba tônica é dei.
Ex.: Deixa-se levar pela opinião alheia.

16) SE NÃO ou SENÃO?

Emprega-se o primeiro, quando o se pode ser substituído por caso ou na hipótese de que.
Ex.: Se (caso) não chover, viajarei amanhã. (=caso não chova – ou na hipótese de que não chova -, viajarei amanhã.)

Se não tratar dessa alternativa, a expressão sempre se escreverá cm uma só palavra: senão.
Ex.: Vá de uma vez, senão você chegará tarde. (senão = caso contrário)
Nada havia a fazer senão conformar-se com a situação,=. (senão = a não ser)
“As pedras achadas pelo bandeirante não eram esmeraldas, senão turmalina, puras turmalinas”: (senão = mas)
Não havia um senão daquela criatura. (senão = defeito)

17) VELINHA ou VELHINHA?

É bom não confundir as duas palavras, embora, com relação ao som, elas sejam muito parecidas.
- Velinha – é o diminutivo de vela.
Ex.: Na festa, havia um bolo com quinze velinhas.

- Velhinha – é o diminutivo de velha.
Ex.: A velhinha ficou feliz com achegada dos netos.

18) PAMPEANO ou PAMPIANO?

Só a segunda forma está correta. O sufixo – ANO liga-se à palavra rimitiva (no presente caso, pampa) através da vogal de ligação I (e não E).
Ourtros exemplos:
Camoniano (Camões + ano)
sausurriano (Saussure + ano)
acriano ( Acre + ano), etc.

19) EU TI AMO ou EU TE AMO?

Embora se veja a primeira forma até em pichações de muros, apenas a segunda é correta.
Ti é um pronome pessoal oblíquo tônico que sempre vem acompanha-do de preposição (a, de, por, etc.).
Ex.: Dirigiu-se a ti e não a mim.

Te é um pronome pessoal oblíquo átono que se liga diretamente ao verbo.
Ex.: Eu te elogiei para o diretor. (te = obj. dir.)
Nós te daremos um abraço. (te = obj. ind.)
Machucaram-te a perna. (te = tua = adj. Adn.)
É-te impossível compreendê-la. (te = compl. nom. de impossível)

20) MAIS PEQUENO ou MENOR? MAIS GRANDE ou MAIOR?
MAIS BOM ou MELHOR? MAIS MAU ou PIOR?

Os adjetivos pequeno, grande, bom e mau possuem, para os comparativos de superioridade e os superlativos relativos, formas sintéticas (menor, maior, melhor e pior).
Ex.: Luisinha é menor que a prima. (comparativo de inferioridade)
A casa de Joana é maior que a minha. (comparativo de superiori-dade)
O sorvete italiano é o melhor do mundo. (superlativo relativo)
Esta estrada é a pior de todas. (superlativo relativo)

As formas analíticas (mais pequena, mais grande, mais bom e mais mau), porém, são usados quando se comparam duas qualidades do mesmo ser.
Ex.: Esta sala é mais pequena que grande.
O chefe é mais bom que mau.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
AS DEZ DIFICULDADES MAIS FREQÜENTES NA LÍNGUA PORTUGUESA

Muitas vezes, as pessoas têm dúvida a respeito do uso de alguns termos. Assim, descrevendo o emprego correto de alguns casos, procuraremos “clarear” algumas dúvidas.

1) A FIM ou AFIM
Ex.: O gosto dela era afim ao da turma.

- Escrevemos a fim (de), quando queremos indicar finalidade.
Ex.: Veio a fim de conhecer os parentes.
Pensemos bastante, a fim de que respondamos certo.
Ela não está a fim do rapaz.

2) APAR ou AO PAR?
- A expressão ao par significa sem ágio no câmbio, pelo valor nominal. Portanto, se quisermos utilizar esse tipo de expressão, significado ciente, deveremos escrever a par.

Ex.: As ações foram cotadas ao par.
Fiquei a par do ocorrido.
Maria não esta a par do assunto.

3) A CERCA DE, ACERCA DE ou HÁ CERCA DE?
- A cerca de significa a uma distância.
Ex.: Osório fica a cerca de uma hora de automóvel da capital.

- Acerca de significa sobre.
Ex.: Conversaram acerca de política.

- Há cerca de significa que faz ou existe(m) aproximadamente.
Ex.: Moro neste apartamento há cerca de oito anos.
Há cerca de doze mil vestibulandos concorrendo às vagas na Universidade.

4) AO ENCONTRO DE ou DE ENCONTRA A?
- Ao encontro de quer dizer favorável a, para junto de.
Ex.: Isso vem ao encontro do desejo da turma.
Vamos ao encontro dos colegas.

- De encontro a quer dizer contra.
Ex.: Um carro foi de encontro a outro.
Esta medida desagradou aos funcionários, porque veio de encontro as suas aspirações

5) PARA EU ou PARA MIM?
- Usa-se para eu (para tu), quando o eu (tu) é sujeito (geralmente seguido de um infinitivo).
Ex.: Empresta-me este livro para eu ler.
Este trabalho é para tu realizares.

- Usa-se para mim (para ti), quando, após essa expressão, não existir verbo (ou, em estando ali o verbo, o pronome não foi o seu sujeito.
Ex.: Empresta este livro para mim.
Este trabalho é para ti.

Lembre-se:
MIM nunca faz nada, portanto MIM não pode ser sujeito.

Observação:
Isso não significa que sempre o infinitivo é precedido pelo pronome eu (ou tu). Quando ele for impessoal, não terá sujeito. Logo, poderá haver antes dele o pronome mim (ou ti).

Ex.: É difícil para mim entender essa gente.
É impossível para ti sair à noite.

Enquanto, nos exemplos anteriores, o pronome reto (eu e tu) serve de sujeito ao infinitivo (ler e realizares), aqui, nestes casos, os infinitivos (entender e sair), sendo impessoais, não possuem sujeitos; e as expressões para mim e para ti são complementos nominais dos adjetivos difícil e impossível. Trocando-se a ordem, observamos que a frase continua aceitável. (Para mim é difícil entender essa gente. Para ti é impossível sair à noite). Como se vê, as expressões para mim e para ti independem dos verbos entender e sair.
O mesmo, porém, não pode ser dito com relação aos exemplos anteriores, pois as expressões para eu e para tu não podem ser antepostas à frase sob pena de as mesmas ficarem agramaticais.

7) ENTRE EU E TU ou ENTRE MIM E TI?
O correto é dizer-se: entre mim e ti, não há problemas.
Lembre-se que as outras preposições essenciais também só aceitam as formas mim e ti. Ex.: de mim, de ti, para mim, para ti, a mim, a ti, por mim, por ti, em mim, em ti, etc.

Observações.

1. Com a preposição até (significando perto de), usam-se as formas oblíquas mim, ti.
Ex.: Os grito chegaram até mim.

Quando porém, a palavra até for uma partícula de inclusão (significando inclusive), usar-se-ão as formas retas, eu, tu.
Ex.: Todos foram criticados; até tu.

2 . Com as preposições acidentais afora, exceto, salvo, segundo, tirante, etc., empregam-se as formas retas eu, ti.
Ex.: Afinal, todos, exceto eu, compareceram à reunião.
Afora tu, todos aqui são gaúchos.

8) POR ISSO, DE REPENTE e A PARTIR DE:
São expressões que, por serem compostas por vocábulos independente, são grafadas separadamente. Por isso (e não porisso), de repente (e não derrepente), por isto (e não poristo), a partir de (e não apartir de).

9) ENFIM ou EM FIM?
As expressões enfim (= finalmente) e em fim (= no final) não devem ser confundidas: enfim escreve-se junto, com N e em fim constituí-se de dois termos, a preposição em + o substantivo fim.
Ex.: Enfim sós, graças a Deus!
Estes professores estão em fim de carreira: sua aposentadoria está prevista para breve.
10) HAVER OU TER?
Embora seja o verbo ter largamente usado na fala diária, a gramática não aceita a substituição do verbo haver por aquele verbo. Deve-se dizer, portanto, não havia mais pão na padaria (é gramaticalmente incorreto dizer-se: não tinha mais pão, etc.).
domingo, 2 de novembro de 2008

Boas-vindas!

Olá concursando!
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